Nova lei amplia cotas em concursos para 30% e inclui indígenas e quilombolas

por Tribuna de Parnaíba
Nova lei amplia cotas em concursos para 30% e inclui indígenas e quilombolas

A medida está prevista na Lei 15.142, de 2025, sancionada pelo presidente Lula e publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (4).

A partir de agora, 30% das vagas em concursos públicos e processos seletivos da União serão reservadas para pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas. A nova legislação substitui a antiga Lei 12.990/2014, que previa 20% das vagas e não incluía indígenas nem quilombolas. Agora, a política afirmativa se estende por mais dez anos e alcança um grupo ainda mais diverso da população brasileira 👥. Continua depois da publicidade

Idealizada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a lei é vista como uma ferramenta de combate à desigualdade. Para Paim, essa é uma ação fundamental para promover a igualdade de oportunidades e corrigir distorções históricas:

“É um avanço na tão necessária reparação histórica. O Brasil é marcado por profundas desigualdades sociais e essa luta deve envolver toda a sociedade”, afirmou.

🎯 A regra vale para concursos e seleções simplificadas que ofereçam duas ou mais vagas, em órgãos da istração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

Caso não haja preenchimento das cotas, as vagas serão revertidas à ampla concorrência, respeitando a ordem de classificação. E atenção: só concorrerá às cotas quem atingir a pontuação mínima exigida.

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👨🏾‍⚖️ Para a confirmação da autodeclaração, os editais deverão seguir normas padronizadas, com avaliação feita por especialistas em relações étnico-raciais. Entretanto, Lula vetou trechos que previam critérios mistos e decisões unânimes de bancas avaliadoras, argumentando que poderiam gerar insegurança jurídica.

A regulamentação das vagas para indígenas e quilombolas ainda será definida por ato do Poder Executivo. O desafio é grande: segundo dados do IBGE, cerca de 19% dos quilombolas com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever, taxa quase três vezes maior que a da média nacional.

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